28/11/2013

O diferencialismo no galego - Parte 3

É normal que a gente siga opinando e vendo com estranheza o diferencialismo, xa que existem moitas soluciõs para palavras como “agás”, podemos dicir “excepto”, “salvo”, “menos”, “quitando”, “sacando”, etc, dependendo do contexto. Temos aquí dous exemplos:

Frase original 1:
- Máximo 15 minutos, agás carga e descarga
Posivles soluciõs:
- Máximo 15 minutos, excepto carga e descarga
- Máximo 15 minutos, salvo carga e descarga

Frase original 2:
- Seguro escolar, paga-se em Banco X, agás maiores de 28 anos
Posivles soluciõs:
- Seguro escolar, paga-se em Banco X, a excepcióm dos maiores de 28 anos
- Seguro escolar, paga-se em Banco X, menos os maiores de 28 anos
- Seguro escolar, paga-se em Banco X, quitando os maiores de 28 anos

Havendo tantos sinónimos, por que “agás”? Por que um que soa estranho? Pra fugir do castelhano, sabemo-lo e sabe-o todo o mundo. Pero nom nos vale esa resposta, nim a nós nim a ninguém. É ũa palavra que soa estranha, moi minoritária seguramente, e ainda por riba parece que a imponhem. Como observamos, existem outras moitas palavras que som normales para todo-los galegos. Esas som as que hai que usar.

Volvamos escrivir os sinónimos xa mencionados de agás: excepto, menos, quitado, quitando, sacando, salvo. Observemos de novo os exemplos que puxemos para evitar “agás” e seguir sendo ũa frase igual de galega: “Máximo 15 minutos, salvo carga e descarga” “Seguro escolar, paga-se em Banco X, menos os maiores de 28 anos”. Pero vexamos, porque é difícil de entender, e normal que o sexa, porque basicamente nom é entendivle que dentro do idioma haxa tantos sinónimos e se prefira obsesivamente a palavra que é máis diferente do castelhano (e tamém do portugués, existem tamém diferencialistas que prefirem as palavras diferentes do castelhano e do portugués).

Sabedes? Nos países normales prefirem escolher ũa forma que sexa comum para todo-los habitantes e que, obviamente, lhes soe de xeito normal e natural a todos. A que nom sabedes como se dice “agás” no portugués do Brasil? Simplemente… “exceto”, é dicir, “excepto”, pero perde o p do grupo consonántico -pt- (como tamém se pode pronunciar no galego) e por iso escrivem “exceto”.

Ponhamos outro exemplo:

Frase original 3:
- Tirar cabichas, 4 puntos.
Posivles soluciõs:
- Tirar restos de cigarro, 4 puntos
- Tirar cigarros, 4 puntos

Sem dúvida é moito melhor escrivir ũa palavra que quase ninguém entende, note-se o sarcasmo, xa que parece que se pretende que pensemos que usamos moitos castelanismos e que nom somos capaces nim de entender o noso própio idioma.