E se vos dixeramos que a utilizacióm que fam da palavra cabicha é um castelanismo? Expliquemo-lo detalhadamente: em si, a palavra cabicha nom é castelanismo, é ũa palavra galega, pero usam-na tanto porque estám castelanizados, xa que tomam como base o castelhano para escrivir no galego. O que fam é pensar “se no castelhano se di colilla, entonces no galego devemos buscar ũa palavra que sirva de traducióm”. Por tanto, buscam no dicionário ũa única palavra que signifique colilla, e atopam cabicha.
Querem ũa soa palavra porque no castelhano é así. Nom querem buscar ũa solucióm que entendam todo-los galegos. Se no castelhano fose “restos de cigarro” nom teriam ningum problema em usar esta forma, e esta solucióm, a de restos de cigarro, é completamente normal, e usam-na no Brasil, xa que coma Galícia, o Brasil conta com diversas palavras para referir-se ao mesmo. Pra que todos entendam o que se quere dicir, em vez de usarem ũa palavra específica dũa zona (como bituca ou piúba), usam ũa forma que todos entendem e lhes parece normal.
Sempre se basam no castelhano para escrivir ou dicir cousas no noso idioma, o galego. Ò igual que traducem cousas como “agradecemos que hayan escogido” por “agradecemos que tenham escolhido” polo feito de que no castelhano “hayan escogido” se di com duas palavras. Pero no galego di-se com ũa palavra “agradecemos que escolheram/escolhesem”. Como vemos, o pensamento que usam para a traducióm é exactamente o mesmo:
Castelhano (2 palavras): hayan escogido. Por tanto traducem com 2 palavras: tenham escolhido
Castelhano (1 palavra): colilla. Por tanto traducem com 1 palavra: cabicha (ainda que sexa ũa palavra galega, dar-lhe este uso tam estendido converte-a em castelanismo, xa que a base da utilizacióm é castelhana, como xa explicamos antes)
Defendemos que o galego é diferente do castelhano, así que nom se deve tomar como base o castelhano pra facer traduciõs e tampouco se deve escrivir num galego diferencialista e forzoso. Queremos que os galegos se sintam identificados e cómodos coa variante culta do idioma, e que nom lhes pareza algo forzoso, inventado, estranho, difícil, incomprensivle, etc. Defendemos que os galegos tenham ũa variante estándar normal e natural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário